segunda-feira, 29 de março de 2010

Cerveja é "legal"!

Sendo impulsionado pelo divino Espírito Santo e pelo blog 40 dias sem cerveja, mantenho-me fiel à árdua tarefa de não colocar na boca nem sequer uma gota da tão cobiçada “loirinha” até a conclusão do período, que será na semana santa. Tendo em vista que estou seguindo a quaresma desde a época certa – depois do carnaval -, nota-se, em minha pessoa, certa abstinência. Perante a isso, muitas das minhas idéias tenderão a abordar esse tema embriagante.

Quando estava no quinto período, tive uma matéria chamada “Legislação e Ética” que era ministrada, nada mais, nada menos, que pelo Lúcifer. Após notar que não sou nada ético, e que o professor não gostava muito de mim, me dediquei exclusivamente, reza a lenda, a utilizar a aula para captar um bom conteúdo a ser usado nas minhas futuras discussões. Essa foi baseada na lei de número 9.294, de 1996.

Já notaram que as propagandas de bebidas alcoólicas na televisão brasileira se resumem às de cerveja? Notei isso, mas por quê? Porque cerveja não é bebida alcoólica. Claro que nesse momento devem estar falando que eu sou louco e que não sei ler rótulos, mas é a pura verdade. Quando se trata de propaganda, o primeiro artigo da lei anteriormente citada diz que apenas são consideradas alcoólicas aquelas bebidas potáveis com teor superior a treze graus Gay Lussac.


Considerando todo o meu amor que tenho pela cervejinha e o respeito pelas bebidas mais fortes, lhes digo: Qual o maior problema da veiculação desses comerciais no horário comum ao da cerveja? E é ai que se criou a polêmica. Por acaso, se fosse permitido, as nossas crianças iriam adquirir hábitos de alcoólatra e passariam a beber incessantemente? Esse não é o caso, pois até agora o conteúdo “erótico” produzido pelas emissoras não ocasionou na formação de ninfomaníacas e de estupradores mirins.

Com certa razão, a bebida alcoólica teve a imagem denegrida ao ser relacionada a muitas manchetes de jornal que abordam desde acidentes, problemas de saúde, até as brigas. Infelizmente não podemos fugir muito disso, pois lidamos diretamente com o comportamento pessoal e individual de cada. Não necessariamente as pessoas que beberam vão fazer besteira, mas a minoria consegue fazer as pautas para a mídia.


O que a comunicação, vigiada pela legislação, deve fazer? Liberar a veiculação das demais no horário permitido pra cerveja, ou proibir de vez a veiculação de quaisquer bebidas alcoólicas? Essa é, sem dúvida, uma das maiores discussões existentes. E é tão antiga quando o questionamento do nascimento do ovo e da galinha.

A minha opinião de cervejeiro, o que temos que fazer é deixar tudo pra lá e nos importar com coisas mais importantes como a fome mundial, aquecimento global, e a violência no Rio de Janeiro. Para mim, publicitário, as propagandas cervejeiras produzidas têm sido muito criativas e, cada vez mais, estão entrando nos eixos judiciais. Além disso, eu estou satisfeito com as “Boas”, “Redondas” e a rotulação de ser “Brahmeiro” durante o horário da novela. Um brinde! Só quando acabar a quaresma, é claro.

André N. Bueno

@dedenb

sábado, 27 de março de 2010

A presença de marca ou a eficiência do Produto?

Nessa semana, exatamente terça-feira à noite, a minha querida professora Lygia Muniz estava, como de costume, faz uma de suas clássicas “teorizações” sobre o assunto que ela gosta muito de ministrar, que é o papel das marcas no cenário contemporâneo. Em um momento específico da sua explanação, surgiu um debate que realmente me bagunçou a cabeça: o que vende mais nos dias atuais, a força da marca ou a eficiência do produto?

Ao ter passado o filme da história da marca Coca-Cola em sua última aula, uma pessoa retomou o assunto e fez essa pergunta à professora. Ela, já tendenciosa (perdoe-me “teacher)”, disse que a eficiência tem vendido mais o serviço/produto do que a boa presença da marca – o que inclui a sua comunicação específica. Como exemplo foi citado o caso da viação aérea GOL.

Como um serviço como a GOL consegue lucrar tanto, uma vez que sua comunicação não remete praticamente nada a empresa? Foi nesse instante que a “sardinha” foi puxada para o lado da eficiência. Uma vez eficiente, sempre haverá o consumo, é o que foi dito. Ok, em certo ponto hei de concordar. Mas o que faremos com a tão temida concorrência? Aonde ela entra? Se ‘ser eficiente’ é a chave para o sucesso, todos vão deixar a comunicação de lado e apenas ser eficientes, pois é mais simples e barato.

A livre concorrência é saudável para as marcas. Isso mesmo! Favorece as empresas e o mercado, melhorando os produtos e diminuindo os preços. Quando uma empresa nota a presença de outra de mesmo ramo, o que sempre vai existir (exceto no ramos de produtores de “Plástico-bolha”, exclusivo há 50 anos), ela percebe a necessidade de ter uma visibilidade maior para não perder espaço no Market share.

E é nesse combate que entra o diferencial de uma boa comunicação. Para ilustrar, Idealize um aquário cheio de “Nemos” (isso mesmo, aquele peixinho engraçadinho que se perde do pai). Agora imagine, no meio dos laranjas, temos um Nemo azul. Super esquisito né? No começo, todos o achariam esquisito, mas sem dúvidas seria o que a maioria iria comprar.

Com isso caímos na dúvida novamente, pois a eficiência nos faz comprar bons produtos e a comunicação da marca faz nos sentir especiais. O fato está no seguinte: é obrigação do produto estar sempre evoluindo e melhorando de qualidade para não perder para a concorrência; E é da marca impor a sua visibilidade através do bom trato dos clientes e de uma comunicação institucional digna.

A união desses elementos dentro de uma empresa tem o objetivo de fortalecer a imagem de suas marcas que têm investido nisso, a citar exemplos como a Coca-Cola ou a GOL. A pergunta, por isso, deveria ser respondida levando em consideração os dois âmbitos, pois é ideal que estejam sempre unidos. Depois, como conseqüência, vai ser como o povo sempre diz: “vender é Mato”. Não acham?


André N. Bueno

@dedenb

quarta-feira, 24 de março de 2010

A História do Marketing

Como eu disse em um post que fiz no passado: tudo é cíclico. É isso mesmo, não estou brincando. Eu até citei o exemplo de moda, onde dizia que a estação das "saias-altas" não é um frenesi criativo dos estilistas, mas uma adaptação do estilo que era usadas por nossas mães e, agora, caiu nas graças das mulheres de nossa geração. A "ciclicidade" das coisas tem um propósito bom, que é manter a a existência de tudo o que vem acontecendo, mas adaptando com a evolução tecnológica que temos presenciado.

A comunicação que temos também é cíclica, mas as invenções tecnológias tomam lugar do já obsoleto material usado antes. O marketing - que terá sua história contada logo em seguida - é obrigado a se adaptar ao tempo em que está, sempre formulando soluções fundamentais para os problemas que aparecem. A estratégia precisa cada vez mais ser singularizada à ponto de encaixar perfeitamente nas novas plataformas e novidades que surgem. A comparação do tempo da idade da pedra para os anos 2010 é a seguinte: Vamos continuar escrevendo nas paredes. No entanto, ao invés de escrevermos nas paredes reais das cavernas, escreveremos nas "paredes virtuais" (orkut, facebook, twitter, etc.) que são crias da Geração Y.

(para ver, clique aqui)

Bacana né? Nós somos Marquetólogos dos tempos das cavernas com as fantasias e apetrechos da nova geração. Mas não pense que deixamos tudo pra trás. Não mesmo. De vez em quando é necessário fazer com que os nossos ancestrais "se entendam" com a nossa galera. E é nesse momento que eles precisam usar o tão temido tacape. Ainda mais quando se trata do meu querido e lerdo computador.

A imagem e o título (traduzido para o "Mostre sua Idéia") foi retirado do blog Update or Die, que é muito bom! Vale a pena visitá-lo.


André N. Bueno
@dedenb

domingo, 21 de março de 2010

Um outro patamar de Tecnologia!

Certa vez, em alguns blogs e na Globo, assisti a uma reportagem que deu uma reviravolta em tudo o que eu considerava “Alta tecnologia”. Embora estejamos em um período que a “Produção 3D” caiu nas graças de todos – Televisão, cinema e afins -, uma criação em especial me tomou todo o fôlego ao tentar entendê-la: a Impressora 3D.

Construída há 20 anos por um engenheiro americano que é dono de uma empresa especialista em projetos de Engenharia e Desenho Industrial, o objetivo dessa sensacional invenção é construir o futuro. A partir de um projeto feito no computador, cabe à máquina oferecer a oportunidade de visualização no tamanho original. Todo esse processo é feito com plástico derretido em um processo super complexo de sobreposição.

Um ponto super positivo que vi no blog Olhar Digital é a habilidade dela de se auto reproduzir. Isso mesmo! A impressora tem a capacidade de multiplicar, necessitando apenas da comprar as matérias-primas.


O interessante é que essa impressora dialoga diretamente com o Universo 3D, que vem sendo criado atualmente, mesmo ela tendo sido criada há tempo suficiente para se participar de quatro Copas do Mundo. A grande diferença percebida imediatamente é a funcionalidade. A impressora, diferente das produções, não tem a intenção de entreter, mas sim de ser uma maneira barata e inteligente de resolver os problemas do cotidiano.


O que atrai muito nesse procedimento é a mágica, mas com uma pequena diferença. A impressora 3D tem a capacidade de transformar em realidade tudo o que um dia foi presente no mundo virtual. Diga você mesmo se não é uma “pancada na cabeça”? Eu estou desnorteado até agora.


André N. Bueno
@dedenb

quinta-feira, 18 de março de 2010

Receita de um Besteirol

Ontem, em uma união de desespero e solidão, eu resolvi tomar uma medida drástica em minha vida: aluguei American Pie 7 - o livro. Não que eu tenha um gosto super "cult" a ponto de assistir apenas filmes com conteúdo cognitivo, que sempre me acrescentam algo, claro que não. Eu realmente gosto muito de "besteiróis" e sempre os alugo para tentar captar alguma coisa que os meros telespectadores não tem a sensibilidade de notar e, claro, sempre tentando adicionar aquele olhar de um aprendiz de redator publicitário. Todo filme desse estilo tem praticamente os mesmos tipos de piada, variando muito pouco. O que venho tentado dizer nesse parágrafo que acabo de disperdiçar é que qualquer pessoa pode fazer um besteirol. Isso mesmo, até você! E é aqui que eu deixo a receita para a sua obra prima ser um sucesso, ou não.

Receita de um Besteirol:
- 3 personagens, sendo 1 gordinho, 1 nerd e 1 "mais ou menos" normal (que é o personagem principal). Muito importante: é necessário que todos os personagens sejam virgens.
- 1 ambiente acadêmico para o desenrolar da história, de preferência nos EUA.
- Anti-heróis. Um time deles. É um time de basquete ou de futebol americano. No entanto, é necessário um líder entre eles, o "Ass Hole" - vulgo babaca.
- 1 mocinha. A personalidade dela dependerá de sua história. Ela só pode ter dois tipos. Ou ela é desiludida com o "Ass Hole", ou é uma nerd virgem. Se for o segundo caso, ela é a melhor amiga do personagem principal.
- 1 negro. SÓ UM, em todo o filme.
- Festas em Repúblicas ou nas casas dos alunos que não são populares (não é muito comum a presença do anfitrião nas festas. Se aparece, é a grande chance dele no filme).
- Peitos. Todas as mulheres mostram os peitos nas festas.
- Líderes de torcida, sendo uma delas a "Fêmea Alfa", que é a que dita as regras no seu território.
- Muita cerveja, normalmente servida pela mangueirinha daqueles barris que parecem bujão de gás.
- Idéias idiotas. Muitas idéias idiotas.
- E para terminar: O Prom. típico baile de formatura que existe na cultura americana.

Modo de preparo:
Comece sempre com o personagem "mais ou menos" estranho em sua casa. Após ser pego por toda a família, abusando sexualmente de uma laranja ou de uma torta, ele se reune com os seus amigos (o gordinho e o nerd) na hora do intervalo das aulas. O tema da reúnião sempre será "Vamos perder a virgindade até o baile de formatura". O sinal bate e eles vão para a aula de Educação Física. O esporte é basquete ou futebol americano. Sempre! Sendo os últimos a serem escolhidos, seus órgãos genitais normalmente se tornam o alvo de todos os arremessos.

É noite e vai ter festa na casa de um desconhecido da escola ou em uma república. Um dos três vai pegar o carro do pai para levar os outros. Como de praxe, o anfitrião é vizinho deles. Ao entrar, cerveja servida no bujão de gás e mulheres mostrando o peito. No meio da sacanagem toda, o "mais ou menos" estranho conhece a mocinha, ex-caso do "Ass hole", e fica apaixonado. Esse último fica com o orgulho ferido e passa a atormentá-lo até o final do filme. Todos da casa ficam muito embriagados, até o momento em que a polícia chega e geral sai correndo desesperadamente. É o momento tão esperado do negro, pois ele é o primeiro a gritar "Fudeu! A polícia tá ai!".

Durante todo o desenrolar, a nossa mocinha descobre que o "mais ou menos" fez um pacto com os amigos para perder a virgindade até o baile e, por isso, fica brava com ele.

Volta ao ambiente acadêmico com o "mais ou menos" tentando reconquistá-la. O ex-caso babaca dela continua tentando fazê-la voltar pra ele, agora com mais chances. O tempo passa e chega o momento próximo ao baile de formatura. A mocinha vai com o "Ass hole" e o nosso herói vai com uma desconhecida. Ambos os casais estão no baile. Nossa mocinha, no auge de sua vaidade filmográfica, vai ao banheiro arrumar a maquilagem e, a líder de torcida, que é ex-atual caso do babaca, entra no banheiro e diz que ele só quer transar com ela depois do baile, e tinha feito uma aposta com todos os amigos do time de futebol americano.

Ao notar a merda que fez ao dispensar o "mais ou menos", volta na pista de dança e dá uma joelhada no saco do "Ass hole". Ela e o nosso herói se declaram e, logo após isso, se beijam. Após passar a noite juntos (sim, o nosso "garotão" conseguiu), ela o leva na rodoviária. Ele passou em uma faculdade longe da dela, mas eles fazem juras de amor eterno. No final, com o fundo preto, aparecem os letreiros que dizem que o "Ass hole" se deu mal e que o casal continua junto até os dias de hoje.



Mas e o negro? que fim tomou?
Motherfucker.

FIM.


André N. Bueno
@dedenb

quarta-feira, 17 de março de 2010

Não se apaixone pela primeira Idéia!

Rethink Scholarship at Langara 2010 Call for Entries from Rory O'Sullivan and Simon Bruyn on Vimeo.

Genial! Sem dúvidas essa é a palavra pra descrever essa propaganda da Bolsa Escolar Rethink, ou "Rethink Scholarship". Souberam usar a criatividade totalmente adequada ao conceito "Não se apaixone pela primeira idéia". Além da idéia bem bolada, a oferta também é tentadora, pois junto com a bolsa de estudos (dois anos de estudo no Langara College), o estudante ganhará também um estágio no Rethink Communications.

Um vídeo agradável, estimulante, de causar inveja e, sem dúvidas, sensacional!
Tá aprovadíssimo.

Esse post foi visto no Ad Me.


André N. Bueno
@dedenb

terça-feira, 16 de março de 2010

TPM e Criatividade: Um prato cheio!

No auge do meu conhecimento sobre o universo feminino – reza a lenda -, consegui notar que falar do assunto “mulher” sempre vai ser complicado demais. Quanto mais acho estar entendo-as, mais vejo que preciso aprender. Hoje eu não tenho dúvidas alguma de que a mulher é o “bicho” mais complexo do planeta Terra e que Deus, quando as fez, com certeza se esqueceu de colocar o “Manual de Instrução” no pacote. Ele nem imagina o preço a ser pago por essa “desatenção”: TPM!

Infelizmente, todas as vezes que discutimos o “excesso de hormônios feminino que antecede a menstruação”, vulgo tensão pré-menstrual, citamos apenas os pontos negativos da situação e nunca os positivos. Mas existem pontos positivos? Claro que sim, o importante é não fugir do foco. E o foco da vez não são as mulheres. Desculpem-me pelo termo usado, mas eu as estou “usando” para falar sobre a importância da TPM para a comunicação e, principalmente, para o desenvolvimento da criatividade.

Certa vez ouvi uma coisa que me intrigou a cabeça: “O homem comprometido tem apenas uma semana para curtir a sua digníssima namorada/esposa, pois uma semana é da TPM, outra é da TDM e a terceira é da T-PósM”. Esse comentário bagunçou a minha cabeça de certa forma, que me fez pesquisar no “fundo do baú” para depois relacionar de forma positiva com a minha “cabeça oca” de redator publicitário.

Para se produzir de maneira única e atrativa, é necessário que sejamos interessantes. Para isso, é importante estarmos rodeados de pessoas assim, ou termos uma visão de mundo individual. E chegamos ao ponto em que eu queria. Só adquirimos uma visão de mundo diferenciada de duas maneiras: ter uma bagagem cultural vasta – viagens, cursos, estudos -, ou namorando uma mulher que tem uma forte mudança de humor nessa época, que é o meu caso.

Nessas três semanas de “T’s” – perdoem-me o uso de aliteração -, a gama de sentimentos, sensações e estímulos (amor, ódio, carência, choradeira, saudade, sono, fome, baixa auto-estima, etc.) é tamanha que nós, publicitários de plantão e namorados nas horas vagas, vamos do céu ao inferno em dois tempos. O que pode ser perigoso é o que fomenta a nossa criatividade.



E concordemos: Mulher na TPM é perigoso. Mas do que podemos reclamar? Quer uma viagem com mais conteúdo do que as que sua digníssima têm lhe proporcionado, meu caro amigo comunicólogo? Quer ter constantes "frenesis criativos" não só em casa como no trabalho? Basta arranjar uma mais temperamental. Pode funcionar, hein!


André N. Bueno
@dedenb

segunda-feira, 15 de março de 2010

"De volta para o futuro" : O novo tipo de cinema.

Cada vez que assisto a trilogia do filme “De volta para o Futuro” (Back to the Future), que, aliás, é um dos meus favoritos, me surpreendo mais com sua inteligência. Assistir um filme pela segunda vez é como ler um livro novamente, pois sempre é descoberto algo novo que deixou passar despercebido na última vez. Depois que entrei no curso de publicidade, então, passei a notar tanto detalhe que podemos discutir durante um mês sobre temas Comunicação, futurismo, evolução, tecnologia, design, moda, e diversos outros.

Dando um show de atualidade e suposições, o filme projeta o ano de 2015 e as possíveis evoluções que, antes pensadas pelo roteirista e pelo diretor, viriam a acontecer. Assuntos abordados como viagens ao futuro, holografia, skates e carros voadores e videoconferências são freqüentes em seu roteiro e fornecem todo um cenário futurista a obra. Hoje, no ano de 2010, com as evoluções tecnológicas que vêm acontecendo, ainda duvida que Steven Spielberg seja um visionário?

Além de futurista, o filme soube aproveitar as “brechas” e oportunidades para ganhar dinheiro com a comunicação. Um exemplo a ser citado é o do bom uso do merchandising, muito presente em todo o filme. Marcas como Pepsi e a Nike investiram pesado para ganhar visibilidade. Elas não “apareceram” apenas, mas se mostraram atualizadas – com as mudanças de época, o design também se alterava -, e sempre adaptadas ao consumidor.

O que gera muita discussão até nos dias atuais é a, vamos dizer, “ousadia”, de prever o futuro e suas evoluções. Sem dúvidas “De volta para o Futuro” é uma produção muito à frente de sua época e que influenciou muito o modo de se fazer filmes de Ficção científica e o modo de como as pessoas aceitam eles. O modo como retrata o futuro, o passado e a viagem no tempo, prende a atenção do telespectador de uma maneira que nunca foi vista. A simpatia criada pelo público-alvo, basicamente composto por adolescentes, ao redor do Marty McFly (personagem do Michael J. Fox), é tamanha que se criou moda.


Não poderia ser de outra maneira, né? O surgimento de tendências e modas, com o passar do tempo, só tem aumentado. E, claro, a mídia é um prato cheio para essa “invenção de moda” (hã, hã, sacou o trocadilho?). O mistério revelado é que o filme conseguiu fazer com que a popularidade do personagem crescesse tanto a ponto de muitas pessoas almejarem aventuras como as dele. E, além disso, qualquer adolescente que se preze quer ter um estilo de vida parecido com a do Marty. Ou você não queria ter aventuras pelo tempo, um skate flutuante, tocar guitarra e namorar a menina mais popular da escola?


André N. Bueno

@dedenb