quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Só pode ter sido aquela oitava onda.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Um sonho dentro de outro sonho.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Eu não sou um cara perfeito.
sábado, 26 de novembro de 2011
Saudades do que nunca tive.
Meus ídolos cresceram, minhas bandas favoritas envelheceram – algumas colocaram o ponto final em suas histórias – e meus filmes preferidos não passam de “figurinhas repetidas” da famosa Sessão da Tarde. Toda a minha infância, uma parte de mim que eu gosto e sinto falta, está indo por água a baixo, e sem qualquer possibilidade de eu lutar contra isso.
Sinto falta de sair na rua, quando ela ainda tinha as calçadas seguras para sentar e bater papo com os amigos. Sinto falta de quando os meus amigos eram mais animados ao gritar e falar e inventar brincadeiras, e de quando correr era vontade, e não necessidade. Sinto falta de quando o computador era apenas mais uma alternativa de brincar, quando não conseguíamos juntar a molecada para brincar de “piques”, e não a primeira opção. Sinto falta de quando os meus vícios se limitavam em dois “S”: sorrir e sorvete.
Se pudesse trazer coisas antigas para hoje, uma delas seriam as viagens em família, mesmo com minha família pequena – pequena na quantidade, gigante no amor. Também traria minha ingenuidade e minha criatividade de volta. Minhas manias e meus trejeitos, minha vontade de fazer bombas caseiras e a minha enorme capacidade de tirar todos do sério.
São saudades de coisas que nunca tive. Vivia numa época que “viver” era mais importante do que “ter”. A experiência valia mais do que tudo na vida. Gostava da época em que brigar com meu irmão pelo computador era legal, pois era mais uma forma de me aproximar dele. Hoje ele é um dos meus melhores amigos, embora o meu maior contato com ele seja com breves e esporádicos encontros nos corredores da sala de nossa casa ou no “disponível” nessas anti-sociais redes sociais.
E o amor? Sinto saudade do amor ridículo. Gosto de coisas bregas. Gosto de ficar junto (sou canceriano. Se não entendem, façam uma breve pesquisa). Gosto de coisas antiquadas, como cartinhas escritas a mão e declarações idiotas feitas de formas mais idiotas ainda, como rabiscar o espelho com baton. Saudade de conversas gigantescas no telefone, dos “desliga você”, e brigueiros épicos da mãe, quando a conta chegava. Minha história me fez sincero – até demais da conta. Se gosto, gosto como pingüim; gosto pra sempre. Se não, faço como indiana Jones e fujo.
Hoje eu pego tudo o que falo e fico pensando. Ouço uma música e vejo um filme em minha cabeça. Meu primeiro machucado, meu primeiro amor, mamonas assassinas e videokê. Passeios de domingo com meu pai, almoços com minha avó. Meu excesso de tempo para não fazer nada e uma certeza de que tudo é passageiro, exceto as piadas ruins que fazem com essa frase. Eu me perdi em mim mesmo, e na minha memória, e não quero me achar.
Minto. Não acho que minha identidade está sendo perdida. Não acho que nasci no tempo errado. Não acho que todas as minhas saudades não deveriam ter “virado” saudades. E não sou tão nostálgico assim. Só acho que se tudo o que comentei aconteceu, sem dúvidas de que aconteceu na hora certa, porque deixou saudades. Foram elas que me moldaram. Elas que me fizeram do jeito que sou. Se sinto todas essas saudades, são saudades de mim mesmo.
André N. Bueno
@dedenb
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Vivemos no excesso, mas perdemos a essência.
Os tempos mudaram e as pessoas também, e isso não me alegra nem um pouco. O mundo cresceu, mas as pessoas diminuíram. Não em tamanho, claro, mas em caráter. Diminuíram em personalidade, em valores, o que é uma perda muito maior. Todas as mudanças conseguem ser tão bruscas, tão intensas e, ao mesmo tempo, tão desnecessárias. Nada mais será como antes, e por isso que estou muito puto.
Eu estou em luto com a morte da inocência. A inocência no olhar das pessoas, nas conversas entre elas. O que sobrou foi a malícia. Gostava da época em que o interesse era conseguir arrancar um sorriso de alguém de forma despretensiosa. Como preciso culpar alguém, prefiro culpar a todos, pois o mundo e as pessoas vivem em um relacionamento de compensação: o mundo estraga as pessoas e as pessoas estragam o mundo.
A velocidade da tecnologia é a mesma velocidade com que cresce a amargura das pessoas, que é a mesma do aumento da minha indignação. O vício pelo novo estragou a tranquilidade das rotinas. Eu fico nervoso comigo mesmo, porque acho cada vez mais difícil trocar esse fanatismo tecnológico por alguns momentos a toa, deitado na cama com os pés pro alto, a pensar na vida. Ah, que saudade dos meus momentos de ócio que me acrescentaram tanto. Ao que sou, devo muito à minha preguiça. Foi ela que me ensinou a pensar.
Vivemos no excesso, mas perdemos a essência. Essa internet me deu tantos amigos. Então por que me sinto tão solitário no meio dessa multidão? Será que vou sentir falta dos seus “likes” e dos seus comentários das minhas bobagens rotineiras? Sinceramente não sei. Aliás, eu não sei nem quem são essas pessoas. Todas estão mascaradas atrás de uma tela de computador. Em cima de um palco de teatro. Agora todos são atores e podem ser quem quiserem. Tudo para conseguir algumas palmas.
Como desconheço as pessoas, criei eu mesmo uma forma de avaliação das minhas amizades. Desenvolvi um tipo de padrão de qualidade super específico e com uma capacidade identificadora incrível que se discrimina em duas partes. A primeira parte, e pré-requisito, é a seguinte: para ser meu amigo, tem que ter tomado comigo uma cerveja “real”. A segunda, e não menos importante, é que os meus amigos têm que utilizar o meio online justo e exclusivamente para fazer me afastar dele.
O novo mundo é uma geladeira, mas não quero entrar numa fria. Aliás, até quero, mas só pra pegar mais uma gelada.
André N. Bueno
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
De que são feitos os dias?
Há algum tempo tenho evitado a dúvida, a resposta e até mesmo pensar muito em assuntos sérios, na tentativa de viver uma vida mais tranquila, menos instigada, menos provocante, passiva de palavras que me dizem, na tentativa bem sucedida de me encantar e, em seguida, fazer escorrer rios dos olhos. Prometo não transbordar uma “lagoa de lágrimas” como a pequena Alice, assim que caiu na toca do coelho. Para ser bem sincera, algumas situações tem me comovido, porém não foram suficientes para fazer derramar aquele rio inteiro. Há quanto tempo você não se comove?
Me comovo até demais, acreditem. Querer entender a todos e ser muito compreensivo não é um bom conselho. Você acaba justificando para si mesmo todos os atos errados que alguém faz, tentando de maneira insana ser paciente. Ninguém precisa entender tudo! É bom se deixar levar, comover? É sim, mas não demais. Não faça igual a mim, não justifique algo que não merece sua atenção. Ignore, deixe de banda toda aquela desculpa esfarrapada que alguém inventa para lhe dizer que falta tempo para responder aquele e-mail, ou para um simples abraço. Quem gosta, dá atenção; quem gosta, vai atrás. Mas cuidado: precisa valer a pena.
Tem valido a pena ser racional, tem valido a pena não se machucar com algum sentimento? Tudo bem, ninguém quer se magoar. Mas será que não vale o risco? Talvez faça todo o sentido correr atrás da tal felicidade, permitindo-se sentir, gostar, arriscar-se. Pode ser que aquele velho ditado de que as coisas acontecem quando menos se espera faça sentido. Mas vai ficar aí parado, esperando alguém legal cair do céu? Vai jogar fora a oportunidade de ser feliz, mesmo que por alguns dias? Já que essa ideia de eterno me parece muito vaga, ainda que eu seja romântica demais querendo sempre alguém para sempre, tudo o que eu tenho querido por um grande período foge de mim em poucos dias.
Essa ideia de duração às vezes me preocupa. Parece-me que projetos que tenham uma duração maior também sejam mais felizes e verdadeiros. Na verdade, nunca tive um assim que durasse meses, anos. Não por falta de vontade. Digamos que quando algo tem a leve chance de dar errado, vai dar errado, como diz a famosa Lei de Murphy. Comigo tem sido assim, sempre com essa chance e a lei sendo aplicada. Se isso é desestimulante? É sim, garanto. O que podemos fazer é olhar para frente, com olhos de esperança e, ao mesmo tempo, razão. Olhar envolta de nós também, ver que não são somente de relacionamentos assim que são feitos os dias, mas de amigos de verdade.
Não tenha tempo para sofrer. Já viu como o céu está lindo esta noite? Não há motivo para se desesperar. Por mais que a grande maioria das minhas tentativas de felicidade tenham sido frustrantes, posso dizer que valeram a pena. Valeu a pena cada lágrima, cada sorriso. O sempre não quer dizer literalmente sempre... é algo que não se esquece, e que você sorri toda vez que lembra do quanto foi bom, do quanto te fez bem (apesar de mal também, isso te ajudou a crescer, você se lembra?). Posso até estar sendo compreensiva demais, utópica demais. Porém, de que são feitos os dias, senão da esperança por algo melhor, por um sorriso a mais, uma lembrança boa, uma boa saudade? Se não são disso, desculpem-me, eu só sei sonhar.
E não vamos nos adaptar ao que não nos agrada. Amemo-nos, para então amar alguém.
Texto feito pela Danielli, essa menina linda que teve uma "paciência de Jó" para escrever umas boas palavras nesse blog que está levemente abandonado, mas que não deixará, por razão nenhuma, de ser muito amado.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
No mundo da lua
domingo, 25 de setembro de 2011
Minha certeza é a Incerteza.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Eu te desafio. Você aceita?
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Voltei, pois estava com saudades.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
As três fases da vida.
terça-feira, 28 de junho de 2011
A vida é colorida. Só falta a gente descobrir isso.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Aprendendo a vi(ver).
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Tchau.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Se escondendo com palavras.
Convenhamos: escrever sobre sentimentos é fácil. Com apenas algumas palavras, e sem fazer muito esforço, pode-se fazer um garanhão num momento. Consegue fazer com que qualquer pessoa se apaixone por você, e sem cortejo (ainda mais no século XIX, quando usavam essa palavra). Quando tinha dez anos, por exemplo, eu costumava ser um cara tão popular com o público feminino que tinha pelo menos umas oito namoradas. Sério. Tá certo que nenhuma delas sabia disso, mas também não disseram o contrário em nenhum momento. Era um segredinho meu. Mas vamos combinar que enganar a sua própria auto-estima pode ter as suas vantagens.
Também se pode utilizar a escrita para o contrário. Em vez de transformar num pegador nato, pode inventar o cara mais tímido do mundo. Aquele que mede as palavras até pra dizer "Bom dia" aos outros. Que nunca vai casar, porque tem vergonha de dar três beijos na bochecha numa apresentação informal. Isso é bom, porque mulheres gostam de caras tímidos. A timidez dá um charme às pessoas, porque esconde os segredos. Afinal, quem não tem segredos, não tem aquele atrativo para a relação. Ser muito transparente banaliza o ser humano - por favor, não confundam transparência com previsibilidade. Isso porque tem muito tímido que dá um show de transparência, e consegue surpreender em tudo o que faz.
Usar as palavras certas pode te levar do 'cume de um penhasco' ao fundo do poço em poucas linhas, porque não tem contato visual. Quem lê interpreta o que você escreve do jeito que acha melhor, mas sempre do jeito dele, porque você não se expõe. Embora possamos estar mentindo pra nós mesmos, o que a gente faz é utilizar o poder da palavra como psicologia - até mesmo psicologia reversa. Se o escritor acreditar no que está sendo escrito, melhor ainda. Afinal, quem não consegue comprar o próprio produto não faz ninguém comprar também. E é aí que a conversa volta para o lado da auto-estima, a maldita.
André N. Bueno
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Ser você é a melhor escolha.
Os relacionamentos são feitos na base da escolha. Pra mim, pode ser morena, ruiva ou loira. Com sorriso no rosto, e não na testa. Corpo violão, mesmo com algumas cordas desafinadas. Que tenha simpatia, mas que não seja uma pra trazer o homem amado em três dias. Com pé-de-galinha, mas que não fique por ai cacarejando à toa. Tem que gostar de piada, e que ria até quando for a própria. Tem que ser delicada até quando violenta. Por exemplo: ao matar uma barata com aquela sua havaiana cor-de-rosa. Precisa ser feminina em todas as situações, até xingando a mãe do juiz no jogo do time preferido. Compreensiva e que me espere na porta, mas não mosca-morta. Uma que cante no banheiro de forma desafinada, mas que seja sempre animada. Que se vista bem, isso inclui aquele pijama surrado que lhe cai como uma luva, ao meu lado. Uma que quando der 'tchau' não se preocupe com o bracinho balançando. Ou melhor, que não me dê 'tchaus', e sim 'até logos'. Com animação de sobra pra fazer qualquer coisa, até nada. Uma que me olhe nos olhos quando for falar, mas também quando não for soltar nenhuma palavra. Precisa ter amor pra dar e vender (deixando claro que isso não é um incentivo para abrir uma feirinha ou uma barraca do beijo). Deve ser brava nas discussões – adoro mulher com cara de nervosa -, mas que se desmonte toda com um simples sorriso. Que grite de alegria e saia correndo pra aumentar aquela música que você tanto gosta que começou a tocar no rádio. Se cantar errado, que diga que quem está errado é o cara da música. Que dance de forma maluca, desenfreada e que não tenha vergonha disso. Se alguém rir, que o chame pra ser ridículo também. Tem que gostar de beber cerveja comigo. Se não gostar, pelo menos seja paciente e entenda que só estou tentando diminuir o consumo alcoólico das outras pessoas. Ah, se ficar bêbada, que seja engraçada e carinhosa, e não fique de cara emburrada por qualquer besteira. Falando nisso, tem que gostar de besteiras, porque ‘besta’ é o meu nome do meio. Precisa gostar de música. Se for possível, fique me ‘tietando’ na frente do palco quando eu estiver tocando. Tem que ser inteligente – mas se não for, seja ao menos esforçada. Precisa ter vontade de ganhar o mundo todos os dias, principalmente se for o meu. E, mesmo após tantas escolhas e condições, eu só quero que despreze tudo e seja apenas você. Afinal, foi o porquê de eu te escolher.
André N. Bueno
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Sabedoria de menos.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Liberdade de "cabresto"
terça-feira, 26 de abril de 2011
A Namorada Perfeita
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O Estagiário
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Incômodo.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Depoimento.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Perseverança.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Metas para 2011 e Posteridade.
1) Ler mais:
Esse, sem dúvida, é o hábito que eu mais quero ter a partir de agora. O esforço que farei vai ser para que seja lido um livro pro mês, no mínimo. E não me amedrontarei com a quantidade de páginas do livro. Bom, isso eu não garanto, mas vou tentar. Yeah, yeah!
2) Escrever mais, e melhor:
Esse segundo tópico é quase o "amorzinho" do primeiro. Vou quebrar a cuca para que esses dois tópicos andem de mãos dadas sempre. Vai ser quase uma relação de dupla-troca. É sério! Além do mais, o "Mostre sua Ideia" precisa muito desse meu esforço inicial. Se eu não o fizer, ele vai falar que não estou dando a devida atenção. Aí já viu...
3) Buscar mais referências:
Essa é uma desculpa boa que eu tenho para viajar, para ler, ir ao cinema, praia ou teatro, para sair da rotina com mais frequência. Refrescar a memória com conteúdo novo é sempre interessante para o que eu pretendo levar como vida.
4) Estudar mais:
Quero fazer mais cursos, me capacitar cada vez mais. Embasar a prática com a teoria, mas não perder minha característica. Quero saber como é que os profissionais de fora do estado, e do país, pensam. Saber de que fontes eles bebem.
5) Ir atrás, com "sangue nos olhos", do que eu quero:
E, como diz o clichê mais conhecido de todos: "Os últimos serão os primeiros". E é assim mesmo que termino essas metas. Terminar de forma cíclica. Vamos fazer do mundo um presente de criança e pedi-lo de aniversário para os pais. Mas, além da birra, fazer por onde. Algum dia eu ainda ganho o mundo.
Me cobrem, ok?!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
The Pink Squad
