quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O LiveTest da Volkswagen

Claro que a interação vem se tornando cada vez mais fundamental para levar uma marca à outro patamar de interesse. Quando as pessoas sabem que aquele produto é público e social, não se mostrando inalcançável para o seu público, a probabilidade de reversão em vendas é muito maior. É óbvio que um público-alvo irá preferir consumir algo que ele é próximo e que já teve alguma experiência interessante à algo que apenas é mostruário. Fazer ações de comunicação visando a interação - como forma de "fisgar" o seu público - é cada vez mais uma tendência.

Em 2010, uma marca que chamou muita atenção foi a Volkswagen, que promoveu uma ação chamada "LiveTest". Ao lançar a sua nova caminhonete Amarok, resolveu fazer um Test drive que nunca haviam feito antes. Ao juntar o celular com a internet, as pessoas poderiam assistir ao vídeo e pilotar o carro pelo telefone. Foi um enorme sucesso! Somando os esforços de mídia e o buzz gerado nas mídias sociais, o LiveTest gerou mais de meio milhão de visitantes únicas no site, o que resultou em 7.392 intenções de compra online.


A interação, quando usada de forma correta, pode ser considerada uma grande arma na comunicação de uma marca. É um bem necessário. Ou vocês ainda duvidam disso?

André N. Bueno

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Evolução dos Nerds

Nerd. Quando mais jovem, a grande maioria das pessoas sequer pensavam em ser nerd, e tinha medo de que pudessem chama-lás disso. Nerd era o cara da frente, era aquele sem amigos, o que se "dava mal" com as mulheres, era o cara nota 10 nas provas. Como o tempo muda o rumo das coisas, não é mesmo? Esse mesmo cara se mostrou com uma personalidade fora do comum. Tanto que conseguiu mudar até o apelido. Agora ele se chama "Geek". Geek é o Nerd "descolado". É o inteligente que curte a vida, que bebe cerveja (e às vezes até se embriaga) e que perdeu a vergonha de cortejar as meninas. Talvez eles está curtindo até mais do que os que costumavam zuá-lo. Os Nerds conseguiram a sua independência. Pois é, ser Nerd passou a ser uma filosofia de vida.


André N. Bueno

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DIESEL Sneakers - Tênis para chutar bundas

Nem sempre um "bom" cenceito tem que ser um conceito "bom". Ou seja, nem sempre uma boa idéia tem que trazer uma comunicação que segue as normas da sociedade. E, na grande maioria dos casos, não é mesmo nessa sequência lógica que uma construção de uma mensagem é feita. Cada vez as agências exigem mais e mais criatividade nas suas criações, uma vez que surgem milhares de propagandas todos os dias. O nosso trabalho, para o prazer de uns e o desespero dos outros, é buscar eternamente a "thinking out the box".

E foi exatamente esse tipo de "pensar" que a Diesel resolveu reproduzir na sua nova campanha. Trabalhando em cima de um conceito super forte, a marca lança uma campanha que deveria, no mínimo, ser aplaudida de pé. É o “Not made for running. Great for kicking asses” - mostrando a mensagem de que os seus modelos de tênis não são feitos para correr, mas são excelentes para chutar bundas. E todas as peças (incluem VTs e impressos) mostram pessoas e ocasiões onde "chutar bundas" se torna uma atividade muito praticada pelos usuários de Diesel.

A criação da campanha fica por conta da Santo, e vocês podem conferir o resto desse "Kick world" no site da marca.


André N. Bueno

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Atomic Tom: Tocando ao vivo com iPhones no metrô

O uso do mobile está cada vez mais frequente na cultura digital. E, desta vez, esse tipo de tecnologia foi utilizado para fazer boa música. E, de todas as performances musicais iPhone’s e iPad’s que você já viu, essa certamente é a mais honesta. Além do mais, é ao vivo.

A banda Atomic Tom teve seus instrumentos roubados – dizem eles – e resolveram improvisar no metrô de Nova York. A música, “Take Me Out”, pode ser comprada na iTunes Store.


Simplesmente genial, não acham? O uso da tecnologia de uma forma criativa proporciona resultados diferentes como esse. E a tendência que se forma é cada vez aumentar e melhorar a qualidade desse tipo de produção independente. Isto apenas confirma que a criatividade, quando usada da forma correta, pode ser uma porta aberta para a banda começar a ganhar visibilidade e, também, fortalecer a sua personalidade.

Vídeo retirado do blog Brainstorm9.

André N. Bueno

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MKT de Oportunidade: Oakley e os Mineradores no Chile

Os holofotes do mundo inteiro ficaram virados para o caso do mineradores no Chile. Jornais, revistas e programas de TV sempre procurando "furos" e produzindo cada vez mais conteúdos para alimentar a notícia e saciar as pessoas com novidades sobre o fato. E onde entraria a comunicação - a publicidade e as marcas propriamente ditas - nessa história? Sem dúvida alguma que na busca de uma oportunidade para ganhar alguns meros segundos e, quem sabe, até minutos de exposição.

E foi exatamente essa "brecha" que a Oakley conseguiu enxergar. A Marca Oakley, que é especializada em produzir óculos escuros de todos os formatos, planejou uma ação de oportunidade. Ela doou uma de suas linhas de óculos - óculos com 100% de proteção UV (com custo de U$180 cada) para os mineradores. Foram 35 óculos doados, ou seja, investimento de $6300.

O retorno foi muito absurdo, uma vez que a exposição publicitária que a marca conseguiu foi equivalente a nada menos do que U$41 milhões. Foram reveladas imagens dos rostos dos mineradores em todas as TVs do mundo, incluindo reprises. Além disso, cobertura em sites e uma cobertura na CNN.com. Sem contar, claro, nas mídias impressas e blogs. É a sensibilidade de descobrir essas oportunidades que faz a transformação de um investimento pequeno em uma super aparição na mídia.


André N. Bueno

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Cotidiano.

Quando olho para o horizonte, através do vidro fosco das minhas janelas em Vila Isabel, vejo o céu do Rio de Janeiro.

Nublado. Hoje, faz frio.
Nem sempre é assim. Aliás, quase nunca é assim.

Entretando, aí está uma coisa que muda com o passar dos minutos: o clima.

Onde eu quero chegar?

Assim como o clima, são as pessoas.

Assim como o clima, elas mudam com o tempo.

Vamos a mais algumas comparações.

Assim como acontece com o clima, a mudança que ocorre nas pessoas nem sempre agrada à maioria.

Alguns gostam do frio. Outros, preferem o calor. E outros não gostam de sair de casa e nem de olhar para o horizonte.

(...)

Há momentos em que a última coisa que se quer é que o outro mude.
Mas, então, por que insistir na mudança?

(...)

Talvez eu tenha me enganado ao escolher o clima como o melhor exemplo de mudanças.

O melhor exemplo não são as nuvens do céu ou o sol que se põe. O melhor exemplo de mudanças são os olhos. Os nossos olhos. Os olhos são as nossas janelas. É o vidro fosco da minha. E é o black-out da sua.

Para a mudança acontecer, os olhos precisam querer ver. Precisam ser ambiciosos. É preciso ter foco.

Nada que óculos novos não possam resolver. Ou uma nova lente de contato, para enxergar melhor. Para viver melhor.

Todos queremos ser melhores. Todos.
E quando não se consegue ver o que está na frente dos nossos olhos?

É por isso que temos 5 sentidos (6 para alguns). A visão é apenas um deles. Sobraram todos os outros para nos guiar.

Quando os olhos veem, nós desviamos dos obstáculos. Quando os olhos não enxergam, a gente tropeça. No fim, as duas formas de aprendizado serão válidas.

(...)

Assim como com o clima, quem sabe, a dança da chuva não funcionaria com as pessoas?
Lembre-se que a luz também atravessa as janelas com vidros foscos.

Esse texto foi pedido pedido por mim e escrito pelo meu irmão George, que é um dentista poeta. Vale a pena fugir um pouco do tema quanto a intenção é observar o que nos rodeia com outros olhos, com outra perspectiva, com outro sentimento. Ele é um blogueiro jovem (ou diria "jovem blogueiro"?), dono do Blog Leia Atentamente e, obviamente, uma das poucas pessoas por quem colocaria a mão no fogo.

André N. Bueno
@dedenb

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Qual a diferença entre ser popular e ser influente?

Nossa interação social, amplificada pela convivência e atuação online, nos traz percepções novas sobre o que é ser popular e o que é ser influente. Muitos acreditam que uma pessoa deve ganhar popularidade para então exercer influência.

Um estudo divulgado no final de setembro pelo pesquisador em mídias sociais Brian Solis, em conjunto com o instituto de pesquisas norteamericano Vocus, mostrou que nem sempre essas duas características – popularidade e influência – caminham juntas.

A principal questão que paira no ar é: será que o poder de influência, tradicionalmente exercido por celebridades, políticos, grandes marcas, continua valendo? Ou as mídias sociais proporcionaram uma “equalização” da influência, permitindo a qualquer internauta ser mais ouvido do que alguém “famoso”?

Conduzido com 700 executivos, empreendedores e profissionais de marketing, o estudo mostrou que 90% dos participantes realmente acreditam que uma coisa é bem diferente da outra. Mais interessante do que o percentual, no entanto, é descobrir algumas justificativas:

“Popularidade é quando simplesmente gostam de você. Influência é quando as pessoas escutam o que você diz.”
“Popularidade é passageira. Influência é duradoura.”
“Lady Gaga é popular. Bono é influente.”
Por outro lado, também há argumentos que conectam uma coisa à outra:

“Geralmente as coisas mais influentes são também as mais populares.”
“Uma definitivamente leva à outra. Mais popularidade = mais visibilidade = mais oportunidade de influenciar.”
No fundo, o alcance ou influência de alguém se mede por sua capacidade de provocar ação ou mudança de atitude – e 84% das pessoas consultadas para o estudo também acreditam nisso. É por isso que Bono, por exemplo, é mais influente do que Lady Gaga.

Outro exemplo: algumas pessoas podem ter menos seguidores no Twitter mas exercerem sobre estes muito mais influência do que alguém muito popular mas cujos tweets passam despercebidos por falta de conteúdo relevante.

E você, o que está fazendo para cultivar sua influência e presença no mundo online e offline?

Texto retirado da Revista Exame. Foi escrito por Mariela Castro. Excelente, por sinal!


André N. Bueno


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vodafone mostra porque é importante estar sempre conectado.

As pessoas estão cada vez mais dependentes do celular, e isso é uma verdade absoluta. A concorrência e as facilidades de preços e planos sucatearam os celulares, transformando-os em algo totalmente descartável. E o pior não é o vício que elas estão tendo que conviver, mas é a necessidade de usar o Mobile para tudo. Acabou aquele fato de que celular é apenas pra ligar. Hoje em dia o "ligar" é uma das últimas ferramentas que estão sendo utilizadas pelas novas gerações. Ao invés disso, preferem tirar fotos, ouvir música, usar como despertador, mandar torpedos, acessar a internet e, às vezes, eles 'até' ligam.

E esse é um excelentíssimo filme da Vodafone, mostrando de verdade para que serve ficar o tempo conectado, que é um dos pontos fortes do produto. Na trilha tem “I’m All Over It” do Jamie Cullum. A criação é da BBH London, com produção da Sonny.


Muito bacana, não é?

André N. Bueno

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Criatividade é saber "se virar nos 30".

O que é criatividade para você? Criatividade é "se virar nos 30" e concluir todos os jobs com louvor e, claro, trazendo o devido retorno para o cliente. Essa é uma definição muito concreta do trabalho do criativo, que em muitas ocasiões eles têm um budget muito reduzido e, em contrapartida, são cobrados para que o trabalho realizado seja sempre muito bom. Mas o que é para ser mostrado aqui não é o cliente limitando o criativo, mas sim o criativo surpreendendo o cliente com um, desculpa a expressão, "puta" trabalho.

Nos últimos quatro anos, o Guangyin Yoga Club tem tido certas dificuldades para conseguir novos membros para as suas aulas de yoga. Para salvar os negócios seria necessário cerca de 300 novos alunos, mas como fazer isso sem praticamente nada de grana?

Uma brilhante ideia: os caras resolveram colocar o mestre de yoga de seu clube dentro de uma pequena caixa em um dos lugares mais movimentados de Shanghai. Toda vez que uma pessoa passava próxima a tal caixa, o mestre estendia o braço e entregava um pequeno cartão promovendo o local. O resultado foi uma série de sustos e um sucesso muito maior do que o esperado.

A campanha durou 15 dias, com cerca de 35,000 pessoas diretamente impactadas, mais de 300 mil visitas em vídeos na web, mais de $138,000 em mídia espontânea. E após a campanha, cerca de 2,000 pessoas visitaram o local em cerca de 1 mês, conquistando assim 622 novos membros (107% a mais do que o esperado!). E o custo real dos caras? Apenas $74.

Confira o vídeo e tire as suas próprias conclusões.


A foto, o vídeo e parte do texto foram retirados do Blog Ypsilon2, que eu acho sensacional e acompanho muito.

André N. Bueno