quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eis a Geração Y.

Toda vez que tento analisar o nosso mundo e as mudanças que vêm ocorrendo nele, eu tenho problemas. Mas acredito que achei a palavra certa para defini-lo dessa vez: “Boomerangue”. Tá, eu sei que não entenderam o uso desse termo no contexto esquisito em que está inserido, mas ele foi usado de maneira estratégica para falarmos um pouco sobre a Geração Y e uma das suas características mais marcantes, o imediatismo.

Quem, quando jovem, nunca teve um boomerangue? Bom, eu já tive. É um brinquedo que você joga no ar, ele faz a curva e retorna de volta para suas mãos. E tudo isso sem apertar nenhum botão! Incrível, não é? Brincadeiras a parte, mas o conceito se encaixou certinho para a definição dessa galera que surgiu nos anos 80.

Nascidos com a “cara no PC”, já estão inseridos no mundo tecnológico desde o berço. Por dentro de todo esse aparato digital, têm conhecimentos que grande parte dos adultos não possuem. Como acompanharam todo o turbilhão evolutivo de perto, isso os tornou flexíveis, adequando-se muito rapidamente às mudanças e dificuldade que abalam o seu cotidiano em qualquer campo que seja. Profissionalmente falando, isso é um dom.


Eu digo que a geração Y é como se fosse uma “Mulher”. Digo isso, pois eles são totalmente multifuncionais – conseguem falar ao telefone, prestar atenção na mãe dando sermão atrás e ainda “twittar” sobre a novela das 9h. Excelente qualidade exigida hoje pelas empresas, que querem seus funcionários cada vez mais qualificados e, em contrapartida, recebendo cada vez menos.

Injustiças de lado, essa galera dominou a comunicação de uma forma tão rápida quanto ao legado deixado pelas gerações passadas – Fast-foods, drive-thru e afins -, tudo com a intenção de reduzir o tempo e fomentando a impaciência (todos tem perfil questionador e seu compromisso é com desafios e resultados de curto prazo), como diz a palavra-chave que os rege.


Ainda duvidam da veracidade do que acabei de escrever? Por exemplo, quem nunca ouviu um pai do séc. XXI pronunciar frases como “fulano, sai desse video-game”, “fulana, larga esse computador”? Reza a lenda que eles largam. Não é à toa que são mais de 1h da manhã e ainda estou aqui nesse vício.

André N. Bueno

@dedenb

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