quinta-feira, 29 de abril de 2010

Interação é a Solução.

O mundo está em constante transformação e, junto com ele, a publicidade vem tentando se adaptar também. Mas essas mudanças ocorrem principalmente por causa da variação comportamental das pessoas, que são o nosso objeto de estudo e atuação. Toda e qualquer evolução, em todos os setores crescentes (para não ser injusto em deixar de falar das outras vertentes, não menos importantes), deve-se a capacidade maluca das pessoas de querer interagir com o que está sendo apresentado.


Interação é uma palavra que está na moda e isso é fato. Essa característica , cada vez mais relacionada com a Geração Y – uma vez que são eles que “entraram de cabeça” nesse frenesi evolutivo e demonstraram uma capacidade de adaptação muito grande -, tem entupido todas as mídias tradicionais e as novas que estão surgindo também, tudo isso por exigência das marcas. Interação e engajamento são o “ponto de partida” para o desenvolvimento de produtos/serviços e, por tabela, de comunicação. As pessoas deixaram de ser meros observadores e estão cada vez mais participativos.


Estudos e pesquisas dizem que o surgimento da interação está totalmente ligado ao conhecimento e a capacidade de memorização. E eu acredito bastante nisso, sério. Um exemplo é na publicidade. Todas as marcas que conseguiram criar uma interatividade comigo, em suas campanhas, ficaram mais gravadas em minha memória e, consequentemente, foram as que eu comecei a criar empatia. Quando convocam o público-alvo a participar juntamente com elas, o público se sente parte do processo e a reconhece positivamente.


Não tem pra onde fugir: tudo indica para a ocorrência de interação. Por que surgiram as Redes e Mídias Sociais? Por que mudou o padrão de criação dentro da comunicação? Por que diminuiu o número de vendas nas mídias tradicionais? Você acha que é por causa da ineficiência e incompetência dos profissionais que estão entrando no mercado? Claro que não! É tudo uma questão de tendência e participação. As mídias tradicionais têm uma característica única que quebra com o que está de mais atual: a participação dos consumidores na gestão da marca, através de opiniões e críticas.


A diferença da cultura 2.0 é exatamente essa. As empresas pararam de olhar com olhos de profissionais que querem vender, mas com de consumidores que querem seus produtos. A preocupação mudou e, junto com ela, a voz ativa. Quem tem o dinheiro é o consumidor, então é ele quem deve opinar e ter liberdade para escolher como gastá-lo. E é exatamente assim que a comunicação está se transformando. Com a ajuda das Redes Sociais, portais na internet, programas,sites de relacionamentos e propagandas interativas, as marcas se “expõem”, de maneira consciente, e deixam o público interagir.




Tudo mudou. Vivemos agora na melhor fase da democracia: a democracia 2.0, mediada pela internet. Com “interação” como a palavra-chave, “transparência” vem como secundária em ordem de importância. Marca que não é aberta a opiniões e que não é ética, afunda no mar do mercado. Sempre será colocada a prova por seu público. Acho que me precipitei ao falar da democracia 2.0. Vivemos, sem dúvida, uma ditadura do consumidor 2.0. Viva!



André N. Bueno

@dedenb


2 comentários:

  1. Mídias sociais são bem legais. Estávamos discutindo esses dias nas reuniões do Cacos sobre assuntos legais para a Semana da Comunicação que estamos bolando. E sem dúvida, a interatividade ajuda muito a gravar a marca e a lembrar mais rápido dela. hahaha


    Só hoje fui ver seu comentário lá no blog iusahduisaohdauihda nem tenho escrito muito ultimamente. Mas gostei do seu blog. Acho legal um espaço para discutir publicidade! Muito bom!

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  2. será que transparencia vem depois da interação? pra haver interação verdadeira é preciso ser transparente, né... acho que estamos diante de um caso Teorema de Tostines - é fresquinho pq vende mais, ou vende mais porque é fresquinho? Rssss

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