sábado, 27 de março de 2010

A presença de marca ou a eficiência do Produto?

Nessa semana, exatamente terça-feira à noite, a minha querida professora Lygia Muniz estava, como de costume, faz uma de suas clássicas “teorizações” sobre o assunto que ela gosta muito de ministrar, que é o papel das marcas no cenário contemporâneo. Em um momento específico da sua explanação, surgiu um debate que realmente me bagunçou a cabeça: o que vende mais nos dias atuais, a força da marca ou a eficiência do produto?

Ao ter passado o filme da história da marca Coca-Cola em sua última aula, uma pessoa retomou o assunto e fez essa pergunta à professora. Ela, já tendenciosa (perdoe-me “teacher)”, disse que a eficiência tem vendido mais o serviço/produto do que a boa presença da marca – o que inclui a sua comunicação específica. Como exemplo foi citado o caso da viação aérea GOL.

Como um serviço como a GOL consegue lucrar tanto, uma vez que sua comunicação não remete praticamente nada a empresa? Foi nesse instante que a “sardinha” foi puxada para o lado da eficiência. Uma vez eficiente, sempre haverá o consumo, é o que foi dito. Ok, em certo ponto hei de concordar. Mas o que faremos com a tão temida concorrência? Aonde ela entra? Se ‘ser eficiente’ é a chave para o sucesso, todos vão deixar a comunicação de lado e apenas ser eficientes, pois é mais simples e barato.

A livre concorrência é saudável para as marcas. Isso mesmo! Favorece as empresas e o mercado, melhorando os produtos e diminuindo os preços. Quando uma empresa nota a presença de outra de mesmo ramo, o que sempre vai existir (exceto no ramos de produtores de “Plástico-bolha”, exclusivo há 50 anos), ela percebe a necessidade de ter uma visibilidade maior para não perder espaço no Market share.

E é nesse combate que entra o diferencial de uma boa comunicação. Para ilustrar, Idealize um aquário cheio de “Nemos” (isso mesmo, aquele peixinho engraçadinho que se perde do pai). Agora imagine, no meio dos laranjas, temos um Nemo azul. Super esquisito né? No começo, todos o achariam esquisito, mas sem dúvidas seria o que a maioria iria comprar.

Com isso caímos na dúvida novamente, pois a eficiência nos faz comprar bons produtos e a comunicação da marca faz nos sentir especiais. O fato está no seguinte: é obrigação do produto estar sempre evoluindo e melhorando de qualidade para não perder para a concorrência; E é da marca impor a sua visibilidade através do bom trato dos clientes e de uma comunicação institucional digna.

A união desses elementos dentro de uma empresa tem o objetivo de fortalecer a imagem de suas marcas que têm investido nisso, a citar exemplos como a Coca-Cola ou a GOL. A pergunta, por isso, deveria ser respondida levando em consideração os dois âmbitos, pois é ideal que estejam sempre unidos. Depois, como conseqüência, vai ser como o povo sempre diz: “vender é Mato”. Não acham?


André N. Bueno

@dedenb

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